Na Contramão do Sistema
O que nos fez chegar até onde estamos neste momento exato da história humana? Certamente se poderia dizer que um conjunto de ações nos conduziram a esse estado universal de existência, porém, não somente trata-se disso. Desde o surgimento das civilizações mais antigas e dos maiores impérios já construídos ao longo dos tempos, o ser humano viveu em meio a diversos ambientes das causas e efeitos, das ações externas e internas, respectivamente, interferindo no que se pode classificar como "destino do homem". Em variáveis efeitos que a humanidade presenciou durante séculos de estadia terrena, sempre em sua totalidade óbvia existiu o fator "causa" em suas ocasiões. Tudo que ocorreu mediante a ações humanas, houve também elementos externos que outrora desencadearam tal ação ou objetivo - seja ele efetivo ou não. Mediante a este fator conclusivo, se conclui que o acaso não existe de fato: o que existe é um conjunto de elementos externos que provocam reações em variáveis campos em que está localizado o ser humano em si, causando uma falsa impressão de que tudo o que não se sabe sobre determinado ocorrido desconhecido é pura coincidência ou um simples acaso provocada pela ação ininterrupta do tempo. É claro que a ação ininterrupta e imutável do tempo venha provocar reações próprias naturais, como o ato de nascimento, crescimento e envelhecimento, mas não tão somente disso que se trata o sistema em que estamos inseridos.
O desdobramento de elementos externos e causas que provocam um determinado efeito, se desloca para todos os campos que envolvem pessoas: convivências sociais, questões políticas, questões acadêmicas, mídia, sociedade, convívio religioso etc. Em todos os campos existentes no mundo, sempre há interferência externa de algum elemento para provocar algum determinado efeito, visando logo à frente um determinado objetivo. Para os cristãos, tais elementos podem ser chamados de "entidades espirituais" ou demônios, que ao se propagarem pelo mundo, sussurram no ouvido humano e semeiam pensamentos de caráter maligno e perverso, provocando o que há de pior na mentalidade humana ou desencadeando algo perverso já existente. No olhar criterioso por essa ótica espiritual, o ser humano está sempre sendo vigiado por esses elementos externos, que atuam sutilmente para provocar um efeito esperado e calculado.
A lógica desta observação parece ser um tanto incoerente em sua formulação teórica, mas é real, independentemente de crenças humanas. O real existe mesmo que se duvide em sua existência. Desta maneira, esse sistema de causas, efeitos e reações estão, de maneira veemente, disseminadas ao mundo em sua exaustão, agindo na mente dos indivíduos, provocando males que até então eram inexistentes, gerando formulações teóricas prejudiciais para a sociedade quando se é aplicada mediante o campo geopolítico em que é submetida, remodelando o modo de agir e de percepção pessoal dos indivíduos e outros tantos diversos que se possam imaginar. O divisor de águas em meio a essas influências seria ação espontânea do andar na contramão desse sistema, resistindo a toda e qualquer influência externa. Todos, em escala global, estão sujeitos a alterações mediante essas influências externas, não importando a origem ou cor de pele. O que resta para a dignidade humana está na luta constante contra tudo que condensa causa e efeito, mediante humildade, esforço pessoal, conhecimento e atenção constante. Onde há desonestidade, egocentrismo, escassez de humildade, propiciam que os efeitos indesejados venham a aparecer; e a melhor opção que se tem disponível é fazendo o inverso de tudo que é plantado na mente humana, ou seja, andar na contramão do sistema, onde a regra primária é não está em concordância com o bem aparente mas sim com aquilo que de fato reflete a realidade, a vida, o bem-estar, a essência de viver em harmonia mútua e na pureza própria de espírito e mente.
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